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Base Aérea e Exército da Capital enviam 6 equipes ao RS


Devido as chuvas que caem no Rio Grande do Sul desde o dia 27 de abril, que deixaram centenas de municípios ilhados e pessoas desabrigadas, as Forças Armadas estão atuando, desde o dia 30 de abril, nos locais das enchentes, realizando uma força-tarefa de busca, salvamentos e outros apoios que a população precisa.


Entre os militares que estão no RS, mais de 80 são de Mato Grosso do Sul, enviados pela Força Aérea Brasileira (FAB), através da Base Aérea de Campo Grande (BACG), e pelo Exército Brasileiro (EB), através do Comando Militar do Oeste (CMO). 


O comandante da BACG, Brigadeiro Breviglieri, aponta que ao todo, cinco grupos da Capital estão atuando na ajuda ao povo gaúcho, em diversas frentes, sendo elas a logística, o atendimento de saúde, a segurança e defesa, a administrativa e a operacional. 


Todos esses grupos eles dão apoio ao grupo operacional, que é composto por quatro unidades operacionais que nós temos aqui em Campo Grande. Então nós temos o Esquadrão Flecha, que é o 3°/3°, que é ligado a parte de defesa aérea; nós temos o Esquadrão Onça, que é o 1°/15, que faz o transporte aéreo logístico, como missão carro-chefe; nós temos o 2°/10 o Esquadrão Pelicano, que é o esquadrão de busca e salvamento e nós temos o Esquadrão Aéreo Terrestre (PARA-SAR), que faz a preparação e o emprego das equipes SAR e operações especiais”, relata o Brigadeiro. 


Enquanto o Esquadrão Flecha permanece na Capital, realizando suas operações 24h, os outros três possuem militares enviados ao Rio Grande do Sul, que estão engajados nas ações de busca e salvamento, que é a prioridade da Operação Taquari II, criada para ajudar o RS.


Ao todo, o comandante da BACG aponta que cerca de 80 militares de Campo Grande estão atuando no RS, e além dos três esquadrões, também conta com equipe médica, enviada nessa terça-feira (7). 


Nós temos dos grupos que prestam suporte, o pessoal administrativo lá, na preparação de alimentação para o pessoal, nós temos o pessoal logístico, que está conduzindo maquinário e nós temos o pessoal de saúde, médico, enfermeiro, que está compondo a equipe lá”, expõe Breviglieri. 


O comandante informa ainda que a equipe de saúde que está no RS, possui capacidade de apoiar tanto no solo, quanto a bordo de aeronaves.


Se eu precisar de uma evacuação aeromédica, uma das capacidades que nós temos é montar uma UTI Aérea, com seis leitos. Então se eu precisar fazer o transporte de enfermos, seja de UTI ou seja de maca mesmo, que a gente aumenta a nossa capacidade para 18 leitos, esse médico tem capacidade de ir a bordo para dar assistência, ou pode compor a equipe de terra”, esclarece. 


As unidades da BACG estão sediadas em Santa Maria, Canoas e Florianópolis, pois assim, conseguem atender todo o estado do Rio Grande do Sul, de acordo com a demanda.


Ao todo, mais de 700 voos foram realizados pela FAB, e mais de 46 mil pessoas foram resgatadas de áreas de risco e alagadas, pela força-tarefa, que conta não apenas com militares de MS, mas de diversos estados, e do RS. 


Breviglieri relata ainda que as ações são muito dinâmicas, e que o cenário muda constantemente. As aeronaves da Força Aérea e os militares são capacitados para voar a noite, com chuva e inclusive, realizar resgate com o guincho também em período noturno.


Os militares vão permanecer o quanto for preciso, e se for necessário o envio de mais ajuda, há equipamentos e agentes preparados, para agir de acordo com as demandas. 


De acordo com a necessidade do Comando Conjunto, eles vão demandando, ‘agora eu preciso de tais capacidades’, nós temos militares aqui. Vou dar um exemplo, que não foi usada até então, ‘eu preciso de militares para fazer mergulho’, nós temos militares capacitados, se precisa de mais equipamentos, nós temos aqui na retaguarda também. Então de acordo com as demandas a gente vai ressuprindo o pessoal”, informa o comandante da BACG. 


Além da Aeronáutica, o Exército Brasileiro também está atuando na Operação Taquari II. Em nota, o Comando Militar do Oeste informa que um helicóptero, com uma equipe de Busca e Resgate (SAR), já está atuando no RS nas ações de salvamento.


Doesções são arrecadadas em todo país

Diversas organizações governamentais, não-governamentais, empresariais e sociais estão atuando na arrecadação de doações para as pessoas atingidas pela enchente no Rio Grande do Sul, e a FAB também está auxiliando nessa demanda.


No entanto, o Brigadeiro Breviglieri expõe que essas operações de envio dos donativos estão concentradas em algumas bases, como do Rio de Janeiro e Brasília, e que no momento, a Base Aérea de Campo Grande atua em outras frentes de ajuda ao RS. 


A Força Aérea montou um comando que ela faz o escoamento de todos os donativos a partir de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Existe um Comando Conjunto, por intermédio do nosso Comando de Operações Espaciais, que cuida dessa parte aérea, e aí eles fazem esse escoamento. Precisa de uma coordenação e uma organização, porque é dinâmico”, aponta o comandante. 


Como os espaços que estão disponíveis no RS são limitados, devido às enchentes, é necessário uma atenção com os donativos enviados ao estado, para que chegue o que a população está precisando naquele momento e nada seja perdido. 


Três tipos de aeronaves da BACG estão envolvidas na operação: o helicóptero H60, com capacidade de voar À noite e realizar resgates por meio de guincho; a aeronave C105 Amazonas, capaz de transporte aerologístico e evacuação aeromedica; e o SC105, para busca com equipamentos infravermelhos.


Ketlen Gomes, Correio do Estado

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